quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A cidade de São Paulo ganhou uma nova reserva indígena

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/06/sao-paulo-ganha-nova-reserva-indigena-no-jaragua.html

  01/06/2015 20h08 - Atualizado em 01/06/2015 20h09

São Paulo ganha nova reserva indígena no Jaraguá

Decisão da Justiça garante área de 532 hectares para guaranis.
Índios afirmam que pretendem reflorestar parte das terras.

Do G1 São Paulo






A cidade de São Paulo ganhou uma nova reserva indígena. Os índios da tribo Guarani que moram no Pico do Jaraguá, na Zona Oeste da capital, vão poder ocupar uma área muito maior para viver. A tribo comemora e já faz planos para mudar de vida
Cerca de 900 guaranis moram ao redor do Pico do Jaraguá numa área que não chega a dois hectares. Eles contam que reivindicam essa e outras terras na região há 60 anos. Uma portaria do Ministério da Justiça tornou esse lugar terra indígena Jaraguá. É uma área muito maior: 532 hectares. “Foram anos de luta”, disse o líder indígena Tiago Henrique Martin.
Os índios já fazem planos para essas terras. Eles já decidiram que numa parte delas querem reflorestar e na outra, fazer plantio. Eles também disseram que vão em busca de ajuda para melhorar a qualidade de vida.
No ano passado, reportagem do SPTV mostrou que eles viviam em condições tão precárias que não tinham como alimentar os cães que eram abandonados na aldeia. Agora como donos da terra, esperam participar dos programas de moradia saneamento saúde e educação oferecidos pelos governos municipal estadual e federal.
“A gente quer preservar um pouco de natureza que tem até tirar o nosso sustento”, disse o professor David. As terras ainda precisam ser homologadas, ou seja, legitimadas por um decreto presidencial.
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Terra indígena Jaraguá fica na divisa de São Paulo com Osasco (Foto: TV Globo/Reprodução)Terra indígena Jaraguá fica na divisa de São Paulo com Osasco (Foto: TV Globo/Reprodução)
                           

sexta-feira, 27 de setembro de 2013




 


26 de Setembro de 2013 - 10h36

Índios Guarani fecham rodovia Bandeirantes e convocam para ato


Índios guarani de aldeias localizadas na grande São Paulo fizeram uma manifestação pacífica na manhã desta quinta-feira (26) na Rodovia dos Bandeirantes, altura do quilômetro 20, em São Paulo (SP). Segundo a concessionária da rodovia, a Autoban, os indígenas bloquearam todas as pistas do sentido capital. No dia 2 de outubro, acontecerá um grande ato no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Todos estão convocados a defender os nossos povos originários.



Guerreiras guaranis em protesto na Rodovia BandeirantesFoto: Comissão Guarani Yvyrupa - CGY

Eles chamam a atenção da opinião pública para três questões. Uma é contra a PEC 215 em tramitação no Congresso Nacional, que pretende transferir para o Legislativo a decisão sobre demarcações de terras indígenas no país – hoje a competência é do Executivo. Segunda, para que o Ministério da Justiça assine as Portarias Declaratórias das Terras Indígenas Jaraguá e Tenondé Porã, localizadas respectivamente nas zonas oeste e sul da cidade de São Paulo. A assinatura é um dos passos necessários para a demarcação desses territórios, já reconhecidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). E, por fim, os guarani querem o fim das ações judiciais de reintegração de posse movidos pelo governo do Estado de São Paulo contra comunidades localizadas no Litoral Sul e na região do Vale do Ribeira, cujos territórios ancestrais se sobrepõem à área de parques estaduais.

A aldeia, que vive nas margens da rodovia, também pede o fim do genocídio indígena. De acordo com a Autoban, os manifestantes atearam fogo em pneus.

"Convocamos todos os movimentos sociais e todas as pessoas que são contra a devastação da natureza e são contra a concentração da riqueza do país nas mãos de pucos latifundiários", pedem os indígenas em um vídeo-manifesto. "Vamos às ruas nesse dia para mostrar que nesse país há espaço para todos", convocam os indígenas em guarani. Assista:




Mais informações sobre as reivindicações guarani aqui.

Da redação do Vermelho com Cimi

quarta-feira, 7 de março de 2012

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Uma recordação da Cacique Jandira da aldeia Jaraguá

Nota de falecimento


É com muita tristeza que informamos o falecimento da Cacique Jandira da Aldeia do Jaraguá, no final da tarde de sábado 3-3-2012 com 78 anos deixa filhos, netos e bis-netos, foi sepultada na segunda feira 5-3-2012,por volta das 11 horas na aldeia Krukutu - SP. com certeza fará muita falta e deixará muitas saudades, meus sentimentos a todos parentes a amigos. Ronaldo

sábado, 14 de janeiro de 2012

Cacique Jandira está enferma

Fiquei muito triste, quando estive na Aldeia Indígena Tekoa Pyau e me informarão que a Cacique Jandira está enferma; A cacique uma liderança nata, sempre a frente na aldeia, está passando por momentos delicados de saúde , no qual oramos para que ela restabeleça sua saúde muito em breve. Um forte abraço a todos familiares.

quinta-feira, 5 de maio de 2011


VENCEMOS EIKE BATISTA E A TERRA INDÍGENA PIAÇAGUERA É DOS INDÍGENAS
Piaçaguera finalmente está definitivamente preservada. Clique e veja nosso documento publicado no Diário Oficial:

http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=47&data=26/04/2011

Mas nossa luta não foi fácil, pois tivemos que lutar contra o 28º homem mais rico do mundo e seu poderoso Grupo LLX, e até contra fortes lideranças indígenas que chegaram no carro do Eike Bastista como: Azelene Kaigang e o Empresário Sr. José Salomão que junto com o Advogado indígena Ubiratã Wapichawa se deixaram ser contaminados pelo vírus da mentira e do dinheiro do poderoso Grupo LLX e tentaram nos persuadir a vender as terras.

Clique e assista detalhes da negociação assistindo dos minutos 2:00 ao 4:44: http://www.youtube.com/watch?v=cL-aN8MnqU0

Vejo que a medida que o tempo passa muitos dos nossos irmãos indígenas estão se juntando ao homem branco e nos atacando, e quando nós lideranças os cobramos, estes se defendem como Indio, mas quero lembrar que - Indio contra Indio eu não gosto não!.

Queremos aqui agradecer aos que junto conosco lutaram por esta grande conquista, no que tivemos ao nosso favor, juntamente com os Caciques, Pajés e Membros da Comunidade de Piaçaguera, a ONG Mongue do Plinio, a TV Rede Record e o nosso agente da FUNAI Cristiano Hutter, garantindo ao Povo Tupi-Guarani a posse permanente e o usufruto exclusivo das terras de Piaçaguera que tradicionalmente ocupam.

Ao longo de minha carreira artística descobri que, embora a maioria faça mesmo é por dinheiro, mas, o maior inimigo dos politicos e dos poderosos, e o que estes mais temem, é mesmo a pressão de ONGs internadcionais e a midia popular.

Cobrar do índio que vendam suas terras e que tenham uma mentalidade capitalista é pedir que destruam sua própria cultura!

Saiba mais sobre a vida e riquezas do Eike Batista e seu poderoso Grupo LLX: http://www.youtube.com/watch?v=oCiptuEA6ys

Carinhosamente – Cacique Tukumbó Dyeguaká Robson Miguel: http://www.youtube.com/watch?v=bnVuuqmnSjk

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CONSIDERANDO os termos dos pareceres da FUNAI, julgando improcedentes as contestações opostas à identificação e delimitação da terra indígena de Piaçaguera, resolve:
Nº 500 - Art. 1º Declarar de posse permanente do grupo indígena Guarani Nhandeva a Terra Indígena PIAÇAGUERA com superfície aproximada de 2.795 ha (dois mil setecentos e noventa e cinco hectares) e perímetro também aproximado de 38 km (trinta e oito quilômetros), assim delimitada: GLEBA A: Superfície: 643 hectares, aproximadamente, Perímetro: 14 km, aproximadamente. NORTE: partindo do Ponto 01, de coordenadas geográficas aproximadas 24º15'35"S e 46º56'35"WGr., localizado na faixa de domínio...

Clique aqui e Leia o texto no Diário Oficial

sábado, 18 de dezembro de 2010

Aldeia guarani conta sua história em livro bilíngüe

Aldeia guarani conta sua história em livro bilíngüe
quarta-feira 19 de setembro de 2007.

Dos mesmos autores
Roberta Tojal
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Falar sobre si mesmo, escrevendo sua própria história. Essa é a proposta do livro Nhande reko Ymaguare a’e Aygua (Nossa vida tradicional e os dias de hoje). Cinco autores narram em autobiografias o que é ser guarani, o modo de vida e a realidade da aldeia Tekoa Pyau, localizada no Pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo.Uma nova velha história das terras de Pindorama começa a ser contada pelos descendentes dos povos ancestrais que aqui viviam. O lançamento do livro Nhande reko Ymaguare a’e Aygua (Nossa vida tradicional e os dias de hoje), que retrata a cultura indígena guarani mbya, do tronco lingüístico tupi, é a primeira oportunidade que os índios da aldeia Tekoa Pyau, localizada na base do Pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo, têm para contar sua própria história e, a partir dela, a história do seu povo.

O livro é resultado do projeto da antropóloga Marília G. Ghizzi Godoy premiada pelo “Concurso de Apoio a Projetos de Promoção da Continuidade da Cultura Indígena”, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Nele, cinco autores fazem pequenas autobiografias para compor retratos do que é ser guarani e contar sobre seus costumes, modo de vida e a realidade da aldeia.

Segundo Tupã, liderança indígena da aldeia Tekoa Pyau , o livro é o resultado da luta indígena pelo direito de escrever sobre si, “livre dos observadores externos”. Assim, a publicação seria, principalmente, uma demonstração de que o índio pode fazer o que não-índio faz: falar sobre si mesmo. Ao falar sobre o gênero autobiográfico, Tupã afirma que “o não-índio conta a história de si, de apenas um, e índio, quando conta sua história, ele conta a história de muitos, do seu povo”. Para ele, o índio poder escrever sobre si é uma grande vitória da resistência indígena sobre séculos de preconceito cultural, sobre “as mentiras que parecem verdades e as verdades que parecem mentira”. Assim, ainda há muito para ser contado sobre a conquista européia do continente americano, sobre a opressão dos índios e sobre a construção do Brasil. E os guarani podem contribuir, segundo Tupã, com essa redescoberta histórica das origens do país, o que ajudaria tanto aos índios quanto aos não-índios a viverem melhor.

A partir da idéia de viver num mundo melhor e de compartilhar seus conhecimentos com os não-índios, é que se tomou a decisão de se fazer um livro bilíngüe (guarani-português). Os moradores da aldeia Tekoa Pyau acreditam que esse conhecimento pode ajudar a preservar a natureza e diminuir o “preconceito” do não-índio sobre seu modo de viver. Porém, para eles, o mais importante é que o livro será distribuído para outras aldeias mbya, o que fortalecerá seus laços étnicos e sua identidade. “Esse livro a gente vai dar para cada aldeia guarani. Como já morei em várias delas, eles vão me reconhecer pela foto e pelo nome e podem ler o que escrevi, em guarani. As crianças também podem aprender”, explica Vitor Soares, um dos autores do livro, que também relata a dificuldade de escrever em guarani, já que sua cultura é baseada na oralidade. Ele precisou recorrer aos mais velhos para lembrar palavras que havia esquecido.

Para a aldeia, a preservação do seu patrimônio lingüístico é fundamental, pois, para os Mbya, a identidade guarani é acima de tudo sua língua: através dela é que os ensinamentos dos mais velhos e o “modo de ser e viver guarani” (nhande reko) podem ser transmitidos. Além disso, muitos Guarani, como Jovelino, professor do coral da aldeia, ainda lembram do período da ditadura militar quando eram proibidos de falar sua língua em público. Por isso, para muitos deles, um livro escrito por suas próprias mãos e em sua própria língua seria algo impensável. Hoje, essa porta, que começa a ser aberta, leva os guarani a sonhar com uma autonomia e participação jamais imaginadas.

Que este seja apenas o primeiro de muitos.

Nhande reko Ymaguare a’e Aygua - Nossa Vida Tradicional e os Dias de Hoje Darci da Silva (Karai Nhe’ery), Fabiana Pires de Lima (Yva Poty), Vitor F. Soares Guarani (Karai Miri), Willian Macena (Vera Miri), Santa Soares (Kerexu Gera Poty) e Marília G. Ghizzi Godoy (coordenação) Editora Terceira Margem 2007